
Falo de sentimento, não de razão. Se falasse de razão com certeza nada escreveria, sou feita de emoções, sou guiada por elas, por isso, por tantas vezes a razão gritante tenta abrir meus olhos e eu sempre teimo em fechá-los e essa minha teimosia de querer permanecer na estaca zero, acaba por me sufocar, por ainda querer e ainda não poder ter. Volta, vem que eu sei que o teu amor ainda me pertence, sei que você, assim como eu, ainda quer viver um pouco do que sobrou. Sobrar, estranho falar que desse amor ainda há sobras, mas é menos doloroso pensar assim do que pensar que nada mudou, que todo esforço que um dia fiz para diminui-lo ou acabar com ele, foi em vão, que quanto mais tentei me afastar, mais me unia a vontade de querer te sentir ao meu lado, de olhar teus olhos e sorrir com teu sorriso.
De suas sobras, esse amor se transformou em outra coisa, também chamada amor, mas um amor diferente do que senti um dia, uma amor mais maduro, sem muito contos de fadas e mais olhos nos olhos, mas ainda assim, amor.
Por tantas vezes me disseram para não ouvir apenas o coração, mas quem consegue ouvir a razão quando se está movido por emoções? Ou escutamos um ou escutamos outro, eu sempre escolho a emoção, mesmo sabendo que um "quebrar a cara" pode estar a me esperar mais na frente, porém, mesmo assim ainda o escolho.
Falando de sentimento é que me sinto viva, feliz por te amar e me amar!
Hoje escrevo sobre emoção, sentimento, amor, saudade, esperança... Mas amanhã, outro dia, eu serei mais decidida, mais razão do que sentimento. Talvez!