sábado, 30 de outubro de 2010

Na forma como me encontro, jogada na cadeira, com um copo de cerveja bem gelada em mãos, com tantas coisas passando por minha cabeça, (tantas e ao mesmo tempo nenhuma) penso que é a única forma que poderiam me encontrar.
É um tal de passado misturado com presente desistindo do futuro que está tão presente quanto o dia de ontem.
É um tal de descer gelada matando a sede, mas não a saudade. E um tal de 'isso engorda', mas não engorda mais que amor.
Faz o teste, ama e guarda, garanto que todo chocolate e guloseima que estiver a sua frente te será muito bem servido.
Ou ama e fala e garanto que em momentos de incertezas e duvidas, uma gelada será sua unica e melhor amiga.
Pois é, o amor engorda mais que essa cerveja que tenho em mãos, então, se for pra engordar, que seja moderadamente por ambas as partes, até por que a única verdade por me encontrar assim, bebendo, é por ter cansado de você, de nós, do meu eu visto apenas em você ou a partir de seus olhos. Não há mais motivos para continuarmos com essa história sem começo, meio e fim, mas uma história, que poderá ser tida como a nossa. Uma história pouco comum, concordo. Com muitos risos e lágrimas, gritos e silêncios e muita espera quando se não havia mais o que esperar. Cansei, não quero mais me procurar em teus olhos ou te fazer enchergar-se em meus sorrisos, quero muito menos descobrir o que poderiamos ter sido um para o outro por que tanto poderiamos ter sido tudo, como nada.
-suspiro- de fato cansei, mais meu maior cansaço veio das lutas diárias de te tirar de meu peito.
Quão tola fui por todo esse tempo, achando que um 'não pensar' iria te tirar de vez de mim, só que te tirar de mim é tão mais simples quanto eu imaginava, é só aprender. Aprender a esperar.
Enquanto aprendo, vivo e fico aqui, tomando minha cerveja estupidamente gelada que me molha a garganta e desce carregando todas as palavras que fiquei por dizer e hoje, não vale mais a pena ser pronunciada.

Não, não estou embriagada, acho que estou mais sóbria que em meu despertar matinal. Embriagada me encontrava quando me perdia em teus braços e pensava que achava-me em teus abraços. Embriagada eu ficava com teus sorrisos e teu cheiro, teu modo de andar ou de sorrir, com o teu sussurrar meu nome.
É, já me embriaguei de amor e por amor, mas hoje, se mandassem escolher entre você e este copo meio cheio em minhas mãos, eu escolheria ele, não você, pelo menos ele, no momento, vale a pena ser degustado.

Um brinde!