segunda-feira, 24 de janeiro de 2011


Ela se encontrava em uma praça, cercada por árvores de inverno, um frio gostoso, seu corpo coberto por roupas e mais roupas, havia poucas pessoas ali, mas essas passavam apressadas para se esconder do frio e ao fazê-lo a olhavam ali, parada, apenas sorrindo. Alguém chegou a parar e perguntar se estava tudo bem, e ela apenas sorriu e concordou com a cabeça, nunca estivera melhor. Estava frio e fazia frio, mas o seu coração estava tão quente que aquecia todo o corpo e ela não queria estar em qualquer outro lugar que não fosse ali, naquela praça, sorrindo e esperando ele voltar.
Para ela não havia nada mais belo do que o sopro frio em seu rosto, as árvores aparentando estar menor por conta do frio, todos aparentando estar desta mesma forma. Ela sentia-se diferente, sentia-se grande, sentia-se feliz e estava feliz.
Incrível como ás vezes eu e você nos sentimos assim como ela, superiores, de um modo meigo e bom, mas ela sorri e vê as belezas dessa grandeza e nós ao sentimo-nos tão felizes por muitas vezes nos amedrontamos por tamanha felicidade, mas se fizéssemos como ela, tudo fluiria muito mais belo, muito mais doce, muito mais lindo.
Ela apenas sorrir e vive essa felicidade, por que sabe que a felicidade passa tão despercebidamente rápido que nem chegamos a aproveitá-la por completo. E ela sabia que a sua felicidade estava ali e acabara de chegar, ele chegou, ele voltou.