sábado, 9 de abril de 2011

E suas pegadas ficavam marcadas na areia da praia, hora claras, hora escuras, mas lá estavam, perceptiveis ou não suas pegadas estavam ali, marcadas, fixas até a onda do mar vir e apagar ou suavizar sua presença, e ela, continuava andando e cravando suas pegadas por onde ia, ia sem pressa, ia abraçando seus braços, ia sorrindo e olhando para o céu e quando olhava para trás, era apenas para ver o quanto que já havia caminhado, mal sabia, as ondas já haviam apagado grande parte de suas pegadas, mas ela sabia que havia andado bastante, sabia que ia andar mais, só não sabia aonde queria chegar, mas sabia que chegaria.
Ondas vindo e indo, pegadas sumindo e ficando mais suaves. Pegadas, marcas, caminhos...

Das coisas que mais a fazia amar, uma delas era essa solidão sorridente, esse momento... ela, seus pensamentos e suas pegadas ali, marcadas, apenas esperando as ondas do mar vim e suaviza-las.