quarta-feira, 9 de dezembro de 2009


Eu quase consigo te esquecer, quase dei a alguém o que na verdade ainda te pertence, meu coração, mas eu não nasci para viver do quase e não é ele que irá te tirar de mim ou te trazer para mim, eu preferia a segunda opção, confesso, se pudesse ter a certeza de realmente poder te ter. Não sinto raiva, não tenho mágoa, nem me dói mais, acho que se sentisse qualquer um dos três ou até mesmo os três, seria mais fácil, seria mais simples, seria mais justo comigo, por que ainda ter a esperança de que um dia poderemos ao menos nos ver não ameniza nada, não me ajuda em nada. Queria mesmo era enjoar de você, mas não tem como, eu me canso sempre dessa situação, mas não enjoou e quando estou cansada a única coisa que queria era encostar minha cabeça em teu peito e sentir que você está lá, ao meu lado, até eu adormecer e descansar. De toda essa história a única verdade, aquela que me assombra sempre, todos os dias, é que por mais que eu viva quase conseguindo te esquecer eu nunca poderei fugir de você, posso correr até cansar, recuperar o fôlego e correr tudo de novo que não estarei me afastando de você, nem um pouco, nem por um instante, por que por mais que eu corra, eu e você estaremos no mesmo lugar, ao lado da esperança.