quarta-feira, 9 de dezembro de 2009


Vivo com a sensação de solidão, de que sempre me falta algo, que todos que vejo ao meu redor, nada mais são do que ilusões, é como se eu estivesse em um deserto, cercada de areia, com o sol escaldante sobre minha cabeça, a boca seca e à minha frente visse milhares de pessoas, pessoas que passaram por minha vida até hoje, uns que saberia chamar pelo nome, outros que apenas lembraria a fisionomia e alguns que não teria a completa certeza de ter visto em algum momento de minha vida, posso te ver, vejo você perdido no meio dessas pessoas, o único a segurar um copo com água que tanto minha boca anceia, mas não posso alcançá-lo, corro o mais rápido que posso e percebo ao me aproximar que não posso tocá-lo, mais uma vez nao posso tocar quem tanto quero bem, vejo que estou novamente só. Mais uma vez é chegada a hora de ser forte, de seguir, até quando vai ser isso? não sei, mas eu sei que o terreno em que estou pisando não tem muito a me oferecer, não tem a eternidade que tanto procuro. E novamente estou eu aqui, parada, ofegante, vendo você me dá as costas e sair, juntamente com os outros, seguindo seu caminho para longe de mim, acompanhando os passos do outro que a tempos atrás, assim como você, me deu as costas e foi embora, na verdade continua indo embora, por que ele nunca irá embora totalmente, eu sempre irei ver a imgem dele lá, distante, mas irei ver o seu andar certo, seus ombros em movimentos perfeitos, seu cabelo balançando conforme o vento e seus olhos cor do mar se afastando, cada vez mais...
Eu não aprendi a deixar ninguém partir, por mais que suma por toda a minha vida e eu nunca mais veja, nunca terá partido, sempre estará comigo, ao meu lado, para ver tantos e tantos outros ir embora.
E eu sempre me apaixonarei por você em todas as vezes que voltar!