quarta-feira, 22 de dezembro de 2010


Sentada em frente ao mar, observando suas ondas indo e vindo, Quebrando-se na margem ou ultrapassando ela e expandindo-se pela areia me peguei tentando entender através daquilo um pouco de mim. Considerei-me como aquela onda, que de lá do fundo vem forte, imensa, indestrutível e ao se aproximar não demonstra muita coisa do que era, a não ser rastros. Sou como as ondas que se mostram, fortes e imensas (coração), mas é só deixar o tempo passar e eu me aproximar da beira da praia que revelarei como realmente sou, fraca e pequena, apenas uma aprendiz da vida.
A vida nos faz pensar, o mar me faz pensar.
Ele em sua vastidão de gotas me faz lembrar dos tantos sorrisos que já dei olhando para ele, das tantas vezes que não senti vontade de fazer nada além de ficar ali, parada, observando-o e observando-o. Sabe qual a verdade? É que o mar me acalma, o mar me transmite a paz que eu procuro nos rostos e abraços das pessoas, é nomar que me sinto segura, é nomar que me encontro e me perco e admiro essa louca brincadeira de ser sem saber o porquê ou se é, é nomar que eu me sinto forte, capaz, feliz, é nele e com ele que eu consigo ser mais e falar tudo sem ao menos pronunciar uma palavra sequer. É, ele me entende, eu sei que entende, é só olhar o meu sorriso sempre que o vejo e você notará que ali, nomar, é o melhor lugar para mim.
O sol forte em meu rosto esquentando o que nunca parece esfriar. É amor, é amar, é sentar em frente a essa imensidão azul e apenas, ver, ouvir e relaxar.
É esperar pelas ondas que quebram a beira da praia e não se abalam, voltam para o certo, o vasto, o perfeito e se renovam, se refazem, continuam...
Não fora o mar que me trouxe tristezas, ele apenas vem sempre para completar algo que falta, um sorriso, uma saudade, um tempo que não passa.
O mar é um espelho que eu sei que sempre ei de amar, não há como fugir da verdade, da minha, da sua, da nossa. De tão barulhento se faz silencioso e isso é o que mais admiro, calar gritando e falar sem necessitar palavras.
Eu sei, eu sei, é vasto demais para ser entendido, mas é nomar, que sempre meu fim será o início e continuarei aqui, sentada, apenas observando-o e observando-o.